segunda-feira, 12 de julho de 2010

Palácio do Machadinho




PALÁCIO DO MACHADINHO
Freguesia: Santos-O-Velho
Morada: Rua do Machadinho, 18-22 e Rua do Quelhas, 13
Época de Construção: Séc. XVIII
Estado de Conservação:
Número de Pisos: 4
Área do Lote: 3.504 m2
O Palácio do Machadinho ergue-se no coração da Madragoa, absorvendo no seu
interior as diferenças de nível próprias do bairro. Urbano e representativo de uma
arquitectura civil residencial, pombalina, tem planta rectangular e telhados a quatro
águas perfurados por janelas. A fachada principal organiza-se em três níveis. Sobre o
portal de cantaria de feição pombalina e elementos decorativos rococó reconhece-se
uma cartela rocaille com a pedra de armas dos Pinto Machado.
No interior, a partir do átrio, desenvolve-se uma escadaria de acesso aos andares
superiores. Os compartimentos socialmente mais relevantes vão surgindo ao longo do
alçado principal.
O edifício tem dois logradouros laterais e outro nas traseiras. Este foi transformado
num jardim desenhado pelo arquitecto Ribeiro Telles, que combina árvores de fruto
com árvores de grande porte e bancos cobertos de azulejos. No topo encontra-se uma
construção de planta hexagonal, a casa de fresco, coberta por uma cúpula revestida
de azulejos.
No lado oposto da rua existe um anexo que se destinava aos veículos e alojamento do
pessoal.
Dos elementos decorativos do Palácio do Machadinho restam apenas alguns tectos
estucados, atribuídos a João Grossi. Contudo, a Câmara Municipal de Lisboa, durante
as obras de reabilitação, dotou várias salas com painéis azulejares de outras
proveniências, designadamente da Mouraria e de Carnide.

Nota Histórica

Na segunda metade do século XVIII, José Pinto Machado, o Machadinho, fidalgo da
Casa Real, torna-se proprietário de um palácio seiscentista à Madragoa,
empreendendo uma campanha de reedificação, ampliação e redecoração do edifício.
Após a sua morte sucedem-se os proprietários e inquilinos dos quais se destacam o
poeta António Feliciano de Castilho e seu filho, o olisipógrafo Júlio de Castilho. Em
1948, a Câmara Municipal de Lisboa adquire o palácio, que estava bastante
degradado e após a sua reabilitação, sem grandes alterações, o edifício passou a
albergar serviços municipais.
Viabilidade para Instalação de Unidade Hoteleira
O Palácio do Machadinho está em bom estado de conservação, tem dimensões
generosas e possui alguns valores patrimoniais interessantes, tendo condições para,
sem alterar a espacialidade existente e salvaguardando esses valores, adaptar-se
facilmente a uma unidade hoteleira.
Como atractivo e factor distintivo, possui um vasto jardim, com elementos originais,
casa de fresco e projecto paisagístico de qualidade.

Nokon D5000

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