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quarta-feira, 24 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Água Formosa XXXII
Nikon D90
Outro aspecto da prática
comunitária na aldeia é a utilização dos fornos e a partilha da água dos poços,
minas e represas com regras bem estipuladas, o que no verão obrigava as
famílias a terem que regar também à noite.
ÁGUA FORMOSA
A aldeia e o concelho
A aldeia de Água Formosa é indicada como uma das mais antigas do concelho
de Vila de Rei.
O concelho foi criado por foral do rei D. Dinis, em 19 de Setembro de 1285,
havendo registos muito antigos da sua fundação. Desde o século XIV, que a Ordem
dos Templários e a Ordem de Cristo contribuíram para o povoamento, defesa e
desenvolvimento destas terras. Mais tarde,
em 1513, o rei Manuel I renovou o foral.
No entanto terão sido os Celtas e depois os Romanos, os primeiros
habitantes, destacando-se a exploração do ouro como uma das actividades
económicas mais rentáveis, existindo hoje múltiplos exemplos (e.g. conheiras)
espalhados pelo concelho.
Mas sendo o concelho e Vila de Rei, de zona geologicamente muito antiga, é
possível encontrar fósseis e outros vestígios pré-históricos, sendo por isso
provável que povos muito mais antigos por aqui tenham vivido.
Mais recentemente, em 1950, aproveitando a paisagem do rio Zêzere, é construída
a maior barragem nacional – Castelo do Bode, tendo algumas aldeias, em
consequência, sido submersas e algumas ligações históricas sido interrompidas
ou desviadas. A paisagem adapta-se.
A população que se fixou em Água Formosa teve, desde sempre, na abundância
de água a sua maior riqueza. A fonte que dá nome à aldeia fica a poucos metros
do centro e tem sido um ponto de encontro para muitas gerações.
A aldeia encontra-se na confluência de duas linhas de água. Na verdade o
facto de toda a base da aldeia ser rochosa permitiu construir casas em pedra
com muita resistência, mas ao mesmo tempo obrigou os aldeões a desviar a água
por baixo das ruas e casas uma vez que a drenagem não se faz naturalmente.
Obrigou também a que se fizessem muralhas em cima da rocha para conter terra
fértil que era trazida para se fazerem hortas perto das casas.
Outro pormenor importante desta aldeia é a existência de eiras de
utilização comunitária para secagem de vários cereais e leguminosas (grão e
feijão). Estes eram deixados em cima da rocha virada ao sol que continuava a
libertar calor durante a noite.
domingo, 21 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
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